Para Franck Muller, o título “Mestre de Complicações” não é apenas uma assinatura comercial: é uma identidade para ser levada à letra. E se dúvidas houvesse, o Aeternitas Mega 4 está aí para as dissipar. Nada mais nada menos que... 36 complicações.
O objectivo a que se propôs a equipa de Franck Muller é, provavelmente, tão ambicioso quanto possível (e, muitos terão dito, tão ambicioso quanto impossível): criar um relógio, usável, que incorpore todas as complicações existentes. Não as melhores; não as mais complexas. Todas.
Para isso, partiram do movimento Aeternitas, somando-lhe o Mega 4 – sistema com Grande e Petite Sonnerie que era já o único no mundo a exibir simultaneamente um turbilhão no visor, e ao qual se adicionou agora repetição de minutos.
Por entre as 36 complicações presentes, 25 das quais visíveis, destacam-se o cronógrafo parcial split-seconds, dois fusos horários adicionais, calendário lunar e perpétuo, e ainda uma equação do tempo cuja precisão desvia apenas 6,8 segundos em cada ciclo lunar. Isto significa que o calendário apenas irá necessitar de acerto dentro de cerca de 1000 anos!
O resultado é uma série de recordes: em componentes (são 1483!), em complicações (conquistando o título de relógio mais complexo do mundo) e também no preço (relógio mais caro do mundo, em vendas não associadas a leilões).
Cinco anos depois do início do projecto, em 2004, foi entregue o primeiro modelo ao seu dono, em Novembro de 2009; consta que um segundo modelo poderá estar perto do acabamento, apesar de ainda não existir uma data específico.
O preço de venda a público – se um relógio como este pode ser considerado de venda a público – é de 2,7 milhões de dólares (algo como €1,850,000 | 4,700,00R$). Mas, diga-se de passagem, bem merecidos.